Publicado por: Nuno Gouveia | Abril 23, 2008

Obama vê crescer apoio

Poderá ser tarde de mais para Hillary Clinton. Este é o sentimento que tenho, e que é partilhado por uma parte dos analistas destas eleições. Os erros cometidos em Janeiro e Fevereiro acabaram por deteriorar as suas possibilidades de nomeação. Ao ceder a Obama os pequenos estados e caucuses, ofereceu de bandeja uma enorme vantagem que agora não parece recuperável. Se a situação fosse a inversa, acredito que já há muito tínhamos nomeado democrata. Mas as elites, que vão decidir esta contenda, continuam um pouco descrentes das possibilidades de vitória de Obama em Novembro. Senão já tinham acabado com este espectáculo que os candidatos democratas estão a oferecer ao mundo.

O apoio do governador do Oklahoma, Brad Henry, poderá ser o prenúncio de mais endorsements de Superdelegados. Apesar de Hillary Clinton ter vencido a Pennsylvania, os eleitores consideraram que Barack Obama será o nomeado democrata. Este poderá ser o sentimento dos Superdelegados que ainda não optaram. Até podem pensar que Hillary Clinton teria melhores hipóteses de bater John Mccain, mas neste momento, e com a vantagem que tem, é Obama o presumível nomeado. E por isso, será normal que nos próximos dias vejamos mais alguns Superdelegados a aproximarem-se de Obama.

Por outro lado, depois da vitória de ontem, e para Hillary Clinton poder afirmar que o rumo das primárias mudou, iria precisar de receber apoios de Superdelegados nos próximos dias. Mas até ao momento, não vejo indicações disso. Hillary Clinton vai continuar a lutar até ao fim, à espera do tal milagre. Mas será Obama o nomeado.


Respostas

  1. Não és só tu que pensas isso, Nuno. O Vítor Gonçalves, da RTP, pensa o mesmo, e Obama será o nomeado Democrata, sem dúvida. O pior vai ser em Novembro, porque podem existir (e existirão) grandes divisões… Cá para mim até vamos ver alguns dos actuais apoiantes de Hillary a “virar a casaca” e a apoiar McCain.

  2. A Senadora tem de recolocar a questão do Michigan e da Florida na agenda – e, indirectamente, o processo de alocação de deputados. Tem de insuflar na narrativa a ideia de que o Obama só lidera porque se recusou a disputar novas eleições nesses estados e que não faz sentido que 1 voto no Wyoming conte tanto como 14 na California. E manter a sua coligação de voto intacta (o que parece incerto em IN – deveria bater forte na recusa do Obama em realizar um novo debate) e esperar que os puertorriqueños votem na mesma proporção dos latinos e com a afluência normal das eleições locais. Nesse caso vencerá no voto popular e fornecerá aos superdelegados uma boa razão – fácil de explicar – para a apoiar.


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