Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 21, 2009

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Era para escrever sobre a tomada de posse de Barack Obama. A verdade é que foi um discurso extraordinário, na senda do que nos habituou durante a campanha eleitoral. Em Washington ainda se festeja. Mas sinceramente não há muito mais a acrescentar. Esta foi a campanha eleitoral mais fantástica que já pude assistir, e ter escrito sobre ela foi a maior recompensa.

Este blogue iniciou-se em Setembro de 2007, com o intuito de ser um espaço de reflexão e apoio à minha tese de mestrado sobre as eleições americanas. Mas logo percebi que iria ser muito mais do que isso. E foi o interesse suscitado pelos visitantes que me deu fôlego para transformar este blogue num verdadeiro espaço de informação e debate sobre a campanha. Ao longo de mais de um ano que tive a felicidade de receber visitantes de todo o espaço lusófono. E a possibilidade de contribuir para o esclarecimento e compreensão do fenómeno eleitoral americano foi a minha principal motivação.

O trabalho que desenvolvi proporcionou-me vários momentos gratificantes. Destaque evidente para a minha presença na Convenção Nacional Republicana em Minneapolis, mas principalmente para os amigos que fiz através do blogue.

A escrita aproxima as pessoas, e ganhei a amizade e respeito de muita gente, algumas que nem conheço pessoalmente. Os meus agradecimentos para todos os que de alguma forma contribuíram para o sucesso deste blogue. Não querendo personalizar, gostava de agradecer ao Joaquim Miranda Sarmento, ao José Gomes André e à Maria João Marques, que escreveram artigos para o blogue. Mas também às pessoas que dignificaram e valorizaram o blogue com os seus comentários. Admito que aprendi muito com os leitores que foram publicando comentários ou enviando emails, e tive várias discussões profícuas. Sinto-me também na obrigação de agradecer os incentivos que fui recebendo de muita gente, alguns deles famosos na praça, como jornalistas, políticos, profissionais de comunicação, professores universitários ou bloggers. A própria blogosfera portuguesa foi muito importante para o meu sucesso. Sem as constantes referências de que fui alvo, não teria chegado a tantas pessoas.  Não queria terminar sem reconhecer a importância dos parceiros do blogue: o Portugal Diário e LPM Comunicação. Por fim, deixo uma palavra de gratidão aos milhares de pessoas que me brindaram apenas com a sua visita.

Este espaço termina aqui como blogue sobre as eleições americanas de 2008. Mas prometo regressar nos próximos meses, aqui novamente, com um espaço renovado e dedicado à política americana. Por enquanto irei escrevendo em dois espaços nobres da blogosfera portuguesa. O Cachimbo de Magritte, onde já colaboro desde o final do saudoso Atlântico, e partir de amanhã, no 31 da Armada.

Até ja!

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

44º Presidente dos Estados Unidos II

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Barack Obama acabou de discursar e irá agora desfilar pela Pennsylvania Avenue até à Casa Branca. Depois irá a uma série de festas e eventos inseridos nas comemorações oficiais da sua tomada de posse.

Mais tarde voltarei a escrever sobre o dia de hoje, e o significado do seu discurso. Mas deixo uma nota: é um discurso Obama. E quem já o ouviu discursar dezenas de vezes não terá ficado surpreendido. E não acrescentou grandes novidades ao que tinha proferido anteriormente. Mas também seria díficil!

Podem ler o discurso completo aqui e ver fotografias deste dia aqui.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Obama não perde tempo

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Poucos segundos depois de assumir a presidência dos Estados Unidos, a Administração Obama já tomou conta do website da Casa Branca. Desde o inicio da corrida que Obama deu o exemplo do que deve ser uma campanha política no século XXI. Prevejo que o seu governo irá seguir o exemplo na adopção das novas tecnologias como um instrumento poderoso na estratégia de comunicação.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

44º Presidente dos Estados Unidos

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Parabéns a Barack Hussein Obama.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

A note from Bush

Uma das primeiras coisas que Barack Obama vai encontrar na Sala Oval é uma mensagem de George W. Bush. O ainda presidente cumpriu o ritual, iniciado por Ronald Reagan, e deixou uma nota de boas vindas.

Joe Biden já prestou juramento como Vice-presidente dos Estados Unidos. Em breve, o aguardado discurso de Barack Obama. Previsivelmente estão 2 milhões de pessoas em Washington para assistir à tomada de posse de Obama. Na RTPN vi cinco milhões. Não sei onde eles retiraram esses dados…

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Parada de estrelas

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Nunca Washington terá assistido à presença de tantas estrelas ao mesmo tempo. Barack Obama é o primeiro presidente a ser eleito com o apoio esmagador e entusiasta do show business. Os candidatos democratas sempre grangearam deste apoio, mas nunca como agora foi tão evidente. Hoje Washington DC também será a capital das estrelas.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Inauguration Day III

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Está tudo pronto para o grande dia. Barack Obama vai prestar juramento como 44º presidente dos Estados Unidos por volta das 16h30. Às 17h deverá fazer o discurso de inauguração do seu mandato.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Sapatos para Obama

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Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Inauguration Day II

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Será este o cenário em que Barack Obama irá prestar juramento como Presidente dos Estados Unidos. Amanhã estarei por cá para comentar as festividades. Não sei se durante também durante o dia, ou apenas à noite, naquel que será o último dia deste blogue, enquanto “Eleições Americanas de 2008”.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Caroline Kennedy senadora?

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Falta apenas ocupar a vaga de Hillary Clinton no Senado para este estar completo (exceptuando, claro, a confusão do Minnesota). Segundo o New York Post*, o governador David Paterson já se terá decidido, e a escolha recaiu em Caroline Kennedy, filha de John F. Kennedy.

A verdade é que as pressões foram muitas nos últimos dois meses para escolher Caroline. Além de fazer parte do poderoso clã dos Kennedy, a herdeira do falecido presidente foi ainda uma apoiante fervorosa de Barack Obama durante as primárias. Depois de ter demonstrado publicamente o seu interesse no lugar, os seus adversários ficaram logo em grande desvantagem. Andrew Cuomo, filho do antigo mayor Mario Cuomo, e procurador-geral de Nova Iorque é ainda o favorito das sondagens. Mas o Post refere que Paterson já fez a sua escolha.

Em 2010, o escolhido vai estar em jogo, e devido a esta controvérsia opção, pode ser que os republicanos tenham alguma hipótese de conquistar o lugar.

* O NY Post é um tabloide nova iorquino, próximo do Partido Republicano.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

“Inauguration Day”

Ler breve resenha histórica no sempre pertinente Memória Virtual.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Lincoln e Johnson

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Obama irá tomar posse como 44º presidente dos Estados Unidos. O primeiro afro americano a ocupar o lugar. Mas há dois antecessores na Casa Branca, e que com as suas acções, são responsáveis por esta evolução: o 16º e o 36º. Se de Abraham Lincoln muito tem sido escrito, pouco ou nada se tem falado de Lyndon Johnson. O que me parece uma enorme injustiça. Aliás, o texano tem sido esquecido pela história, mas foi ele que aprovou o Civil Rights Act em 1964 e tornou possível o sonho de Martin Luther King. A história não deve ser selectiva, e Johnson merecia mais crédito.

Adenda:

Li agora este artigo no Político, onde um antigo director da Biblioteca Presidencial Lyndon Johnson e speechwritter de LBJ,  lamenta que Obama não tenha referido o  antigo presidente durante a campanha eleitoral. Estou completamente de acordo.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Gates não vai à tomada de posse

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Robert Gates foi o escolhido para ficar longe da tomada de posse. Quando a Administração se reúne toda num local, alguém na linha de comando tem de estar em parte incerta para manter o governo em funcionamento, em caso de catástrofe. Desta forma, Gates será amanhã, por breves horas, o “designado sucessor”.

Gates, director da CIA no mandato de George H. Bush e chefe do Pentágono durante os últimos dois anos, será o único membro de irá transitar para a Administração Obama.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Bush despede-se da Casa Branca

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George W. Bush passou o dia de segunda-feira ao telefone com vários líderes mundiais. A lista inclui alguns dos aliados mais importantes e também alguns adversários. A lista é composta por Mikhail Saakashvili da Georgia; Dmitry Medvedev e Vladimir Putin da Rússia; Lee Myung-bak da Coreia do Suk, Anders Fogh Rasmussen da Dinamarca; Silvio Berlusconi da Itália; antigo presidente do México Vicente Fox; Taro Aso odo Japão; Gordon Brown do Reino Unido; Shimon Peres de Israel; Lula da Silva do Brasil; Nicolas Sarkozy da França; Angela Merkel da Alemanha. Ao que parece, Lula da Silva convidou Bush para ir visitá-lo ao Brasil depois de sair da Casa Branca.

Neste último dia foram também conhecidos os últimos perdões presidenciais. Ao contrário do que foi ventilado, o presidente não perdoou Lewis (“Scooter”) Libby, antigo chief of staff de Dick Cheney que foi condenado pelo caso de Valerie Wilson, nem o senador republicano do Alaska, Ted Stevens. Os sortudos foram dois guardas fronteiriços do Texas que tinham sido condenados por terem atirado contra traficantes de droga desarmados na fronteira com o México, e viram as suas penas de prisão comutadas.

Bush não irá aparecer em público até amanhã, quando passar o testemunho a Obama. Depois disso, irá deixar Washington com a sua família rumo a Midland, Texas, onde terá uma festa de boas vindas. George e Laura Bush vão residir em Dallas.

Apenas se sabe que nos próximos tempos Bush pretende escrever um livro de memórias e iniciar os trabalhos para constituição da sua biblioteca presidencial. Além disso, irá ser o promotor de uma fundação da liberdade.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

Rick Warren, a escolha controversa de Obama

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A opção por Rick Warren para proferir a oração na tomada de posse de Obama causou fúria nos sectores mais liberais da sociedade americana. Apesar de não fazer parte da “linha dura” do movimento evangélico americano, Warren defende que os cristãos não devem abdicar de cinco leis: aborto, casamento gay, clonagem humana, eutanásia e investigação de células estaminais. Se quer saber mais sobre Warren, leia este artigo da Time, onde são explicadas as duas faces de Warren.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 20, 2009

O dia de Obama

Vai ser um dia bastante agitado para Barack Obama. O programa começa de manhã prolonga-se até à noite.

As festividades irão começar às 10 horas no Capitólio. Aqui irão actuar as The United States Marine Band, seguidos dos San Francisco Boys Chorus e as San Francisco Girls Chorus.

A senadora Dianne Feinstein irá dar as boas vindas, e a seguir será realizada a oração pelo reverendo Rick Warre. Mais tarde será a vez do juiz do Supremo Tribunal John Paul Stevens dar posse a Joe Biden como Vice-presidente dos Estados Unidos.

Ao meio dia, Obama irá prestar juramento como 44º presidente dos Estados Unidos perante o presidente do Supremo Tribunal John Roberts. Irá utilizar a Bíblia de Abraham Lincoln. Posteriormente irá realizar o primeiro discurso enquanto presidente.   Depois do discurso de tomada de posse, Obama irá escoltar George W. Bush para uma cerimónia de partida, e irá estar num almoço no Capitólio.

Ao início da tarde irá realizar-se a 56ª Parada de Inauguração na Pennsylvania Avenue, desde o Capitólio até à Casa Branca. Durante a tarde, Obama ainda irá estar em 10 festas em honra da sua tomada de posse no Washington Convention Center.

Durante a noite, o National Building Museum, Union Station e o Hilton Washington irão receber jantaras de homenagem a John Mccain, Colin Powel e Joe Biden. Barack Obama irá estar presente em todos.

Mais informações sobre a tomada de posse em http://www.pic2009.org

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 19, 2009

Obama em busca da União?

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Abraham Lincoln* é a principal referência política de Barack Obama. O homem que acabou com a escravatura e derrotou o Sul secessionista e esclavagista, e que foi o primeiro presidente do Partido Republicano. Mas apesar deste percurso repleto de rupturas, que se iniciou ainda nos Whigs, Abe foi um político que tentou obter consensos. Lincoln venceu as eleições de 1860 não com a promessa de acabar com a escravatura, mas apenas de a impedir de expandir-se para os estados do oeste. E diga-se, a implosão do Partido Democrata do sul ajudou bastante, com a candidatura de John Breckenridge. O seu adversário democrata Stephen Douglas, depois da cisão com os esclavagistas do Sul, nunca teve reais hipóteses de vencer. O fim da escravatura foi apenas uma consequência da guerra civil, mas acabou por marcar o legado histórico de Abraham Lincoln.

Mas Lincoln foi um político de convicções, e apesar das adversidades, conseguiu mudar a face da América. A inspiração que gera em Obama provirá da abolição da escravatura, mas também da forma como Lincoln soube colaborar com os adversários. O seu arqui-rival de sempre, Douglas, e que viria a falecer pouco depois da sua tomada de posse, colaborou com Lincoln na primeira do conflito contra os estados confederados. Muitos foram os democratas do norte que lhe seguiram as pisadas, tendo havido mesmo um movimento de democratas que apoiaram Lincoln nas eleições de 1864. E o próprio gabinete de Lincoln estava composto por antigos rivais republicanos. Será esse o legado que Obama procura reproduzir?

A América vive, desde o segundo mandato de Bill Clinton, num estado constante de guerras culturais entre esquerda e direita. A vitória de Obama não terminou com esta divisão, mas Obama exibe sinais de querer unir o país, ao exemplo de Lincoln, mas também de Reagan, o último presidente que governou com o apoio de uma vasta maioria de americanos. Os indícios são muitos, resta saber se terá capacidade para corresponder às enormes expectativas que nele estão depositadas.

A equipa centrista que compõe a sua Administração é o primeiro sinal que Obama pretende governar para todos os americanos, e não contra os seus opositores. Este facto foi acentuado nas suas recentes declarações sobre a Administração Bush, onde até chegou a elogiar os conselhos de Dick Cheney, a bête noir dos liberais americanos. Já para não falar do civismo que existiu entre Obama e W. Bush. O New York Times refere que Barack Obama tem pedido conselhos a John Mccain em matéria de política externa, e o antigo candidato do GOP tem dito que algumas das escolhas de Obama para o governo também teriam sido as dele. Amanhã, e já depois de ter tomado posse, Obama irá estar presente num jantar de homenagem a Mccain. O convite ao pastor Rick Warren para elaborar a oração na tomada de posse demonstra o quão longe Obama está disposto a ir para atrair a simpatia da direita religiosa.

Mas será que Obama não vai tentar cumprir o programa que apresentou ao povo americano, de ruptura com o passado recente? A minha análise pode ser controversa, mas parece-me que Obama propôs um corte radical com o passado em termos simbólicos, e não propriamente de políticas. Na política externa, a linguagem e a retórica irá ser diferente da adoptada por George W. Bush. Mas em relação ao Iraque, ao Afeganistão, ao Irão ou a Israel, não estou a ver medidas adoptadas muito diferentes das perfilhadas nos últimos tempos. Mas a onda de simpatia e entusiasmo que gerou no mundo poderá ter reflexos benignos para os seus resultados práticos. A Europa irá ser forçada a ser mais cooperante com os EUA em certos dossiers, como no Afeganistão ou na resolução do problema de Guantanamo, por exemplo. A sua perseverança deverá trazer bons ventos para a política externa americana, até porque não haverá desculpas para não seguir a liderança de Obama.

A diferença deverá ser mais evidente na frente interna, onde Obama assumiu uma agenda divergente, nas frentes ambientais e da saúde, por exemplo. Mas mesmo aqui deverá haver algumas linhas de continuidade. Por exemplo, para a pasta da educação foi nomeado um republicano e os responsáveis da área económica são centristas da era Clinton. E Obama apresentado sinais que está disposto a trabalhar com os republicanos no Congresso para ultrapassar a crise. Mas não tenhamos dúvidas que a Administração Obama será julgada pela eficácia da resposta aos problemas económicos e sociais herdados de W. Bush. Com este capital de esperança, se tiver sucesso, será certamente alguém que fará história na Casa Branca.

A convergência em política deve ser de saudar, mas é perigoso pensar que se pode ter toda a gente no mesmo barco. Por isso, os 73% de americanos que hoje apoiam Barack Obama deverão ser efémeros. Mas o entusiasmo gerado deverá ser utilizado para implementar o seu programa político. E para isso, deverá olhar para o seu herói político. Poderá tentar conciliar opiniões divergentes, mas terá de ser inflexível na sua agenda programática. Sob o risco de comprar guerras com todos e não vencer nenhuma.

*Carlos Santos relembrou e bem a importância de Lincoln para Obama. Deixo aqui uma breve reflexão sobre o exemplo de “Honest Abe”.

Publicado por: Nuno Gouveia | Janeiro 18, 2009

48 horas

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Faltam pouco mais de 48 horas para Barack Obama tomar posse como o 44º Presidente dos Estados Unidos da América. Uma lista que incluí algumas das personalidades mais brilhantes da história dos últimos 250 anos, como Thomas Jefferson, Abraham Lincoln, Franklin D. Roosevelt ou Ronald Reagan, só para citar alguns. No próximo dia 20 iremos assistir a um dos momentos que irá marcar a história deste ano.

Barack Obama irá ser recebido em Washington com uma assistência prevista em 2 milhões de pessoas, e com um índice de popularidade de 73%, segundo a média do Real Clear Politics. Não me recordo de um presidente eleito entrar na Casa Branca com um nível de expectativas tão elevado.

Neste período de transição, Obama tem procurado agradar ao eleitorado mais conservador, tentando não desiludir os liberais. É certo que não irá conseguir manter este equilíbrio depois de tomar posse. A política é feita de compromissos, mas também de opções. E Obama não irá conseguir fugir delas. Mas uma coisa parece não haver dúvidas, depois de conhecida  a equipa: irá ser um governo pragmático, e liderado ao centro, e sem a tentação de colar-se aos sectores mais liberais. O novo presidente parece empenhado em seguir o caminho de Ronald Reagan, que obteve as maiores vitórias eleitorais desde Lyndon Johnson, governando com um amplo apoio da sociedade americana. Se o vai conseguir não sabemos, mas a estratégia parece ser essa.

Faltam também três dias para este blogue entrar em hibernação nos próximos meses. Mas irei continuar a escrever em dois prestigiados espaços da blogosfera portuguesa. Num tom diferente, claro! (Um deles é o Cachimbo de Magritte, onde colaboro desde o inicio desta semana)

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